Provas aplicadas pela Secretaria Municipal de Educação da cidade do Rio de Janeiro revelam que 62% dos estudantes precisam de reforço em Português e Matemática. O Prefeito e a Secretária de Educação atribuem estes resultados a falhas do sistema e chegam a afirmar que "houve um erro sério na política educacional".
É de se louvar esta inciativa, mas sem muito alarde. Nós conhecemos bem os nossos políticos. Se a intenção é eleitoreira o alvo certo não é, necessariamente, a melhoria da educação pública; pode ser simplesmente uma ação pública para desmoralizar a gestão municipal imediatamente anterior em ano pré-eleitoral.
De qualquer forma, o gato foi desentocado: O ensino municipal está sendo produtor de analfabetos e analfanuméricos funcionais. Agora é arregaçar as mangas sem demagogias e tratar de recuperá-los pra valer.
Duas coisas, entretanto, precisam ainda ser feitas. A primeira, como declarei ao Jornal Extra, edição de 4ª feira, dia 1º de abril, página 3 do Caderno Geral, é constituir uma auditória para responsabilizar por crime de responsabilidade as autoridades criadoras desta situação, colocando em prática o Parágrafo 4º, do Artigo 5º da Lei de Diretrizes e Bases (LDB): "Comprovada a negligência da autoridade competente para garantir o oferecimento de obrigatório, poderá esta ser imputada por crime de responsabilidade".
A segunda é não apenas criar este alarde todo e tudo ficar como está: o Prefeito e a Sra. Secretária, no início do ano letivo próximo, têm que vir a público e apresentar resultados concretos de melhora.
Eu particularmente estarei à espera deles.
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