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2.1.11

Autoridades da educação

O discurso de posse da Presidente Dilma Rousseff aponta para um novo horizonte educacional, no qual a educação pública brasileira será encarada como problema a ser resolvido em curto prazo. Um grande destaque em sua fala no Congresso Nacional foi a sua coragem de situar os professores como as “autoridades da educação” ao dizer que “só existirá ensino de qualidade se o professor e a professora forem tratados como as verdadeiras autoridades da educação”

Reconhecer a autoridade educacional dos professores pode ter o efeito devastador de uma bomba atômica liquidando o avanço da nova burguesia educacional interessada na mercadorização da educação pública. A partir de sua fala os institutos, fundações, ONGs, Movimento Todos pela Educação e a parcela do empresariado que se constituíram como “autoridades” educacionais ao longo das últimas décadas, são recolocados em seus devidos lugares na condução das políticas educacionais. De fato, não são eles que podem definir os rumos da educação pública, particularmente quando se quer outros valores e saberes que não aqueles determinados pelo mercado,

O complemento das intenções da Presidente ainda aponta para a necessidade de formação continuada e de remuneração adequada para o professorado público, exigindo em contrapartida “o sólido compromisso dos professores e da sociedade com a educação das crianças e dos jovens”. Se o seu discurso ultrapassar o campo retórico e se objetivar, o ano de 2011 pode se constituir como um marco para o início da conquista da qualidade para a educação brasileira.

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