24.8.11

Opinião Pública Favorável à greve dos Trabalhadores em Educação

Em pesquisa realizada pelo O Globo online sobre a greve dos Trabalhadores em Educação do Estado do Rio de Janeiro a opinião pública é amplamente favorável à greve. 86,72% dos participantes consideraram que a greve é justa dados os baixos salários pagos à categoria. 9, 83% concordam com as reivindicações, mas não com a forma como elas têm sido feitas. Apenas 3,45% discordam da greve alegando  que prejudica o atendimento à população.
Duas observações são importantes e merecem destaque. A primeira, sem dúvida, é o amplo apoio que a categoria recebe da população e que somente os políticos responsáveis pelas políticas de educação insistem em não reconhecer.
A segunda, está ligada à forma das reivindicações. De fato, este é um problema complicado face ao descaso das autoridades com as coisas da educação, eles parecem somente se mexer quando o conflito vai às ruas e as aulas são paralizadas. Mas esta posição indica haver necessidade de rever as formas de luta. Em outros países, por exemplo, uma paralização somente ocorre após o Estado garantir as condições de greve. Isto é, o Estado se encarrega de minimizar os prejuízos aos alunos mobilizando o pessoal da burocracia para substituir temporariamente os trabalhadores em greve.
Talvez esta fórmula devesse ser tentada também aqui entre nós. Seria importante que a burocracia escolar enfrentasse as condições de trabalho nas escolas para adquirirem outra visão das escolas e do cotidiano que os trabalhadores em educação enfrentam. Ela possivelmente, em seu retorno, aos gabinetes se tornaria mais sensível e favorável a melhores condições objetivas de trabalho e melhor remuneração.  A insenbilidade da burocracia é um câncer para a carreira dos trabalhadores em educação.




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