As
crises do capitalismo são sempre profundamente problemáticas. Além de empobrecer
populações e excluir grande parte do acesso aos bens socialmente produzidos,
elas geram medos e fortes guinadas à direita, ou melhor, a busca de alternativas
e soluções fascistas. Foi assim no período de reconversão da economia de guerra
pós-1918. A atual incapacidade dos governos europeus de dar respostas eficientes às
demandas da sociedade constitui o ovo da serpente nazifascista. A partir do rompimento
da casca de semelhante ovo no período entreguerras é que surgiram Hitler, Mussolini, Salazar e Franco atentos
ao que os seus povos queriam ouvir a cerca das questões sociais, econômicas, políticas ou culturais.
A
guinada à direita que hoje se assiste na União Europeia, produzida pela crise
de realização do capital na zona do euro, acrescida das questões relativas à
imigração e pluralismo cultural, é um grande motivo de preocupação tanto para
os setores mais progressistas da região, quanto para todo o mundo. Hoje,
somente cinco dos 27 países da EU têm primeiros ministros progressistas e a
cada dia emergem mais e mais grupos radicais ou alternativos.
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