O professor Valério Mariano dos Santos foi agredido, na quinta-feira (29), por um ex-aluno dentro da escola onde trabalha, na Ceilândia, cidade próxima a Brasília, segundo informações do G1 Globo.com. É lamentável, mas não é surpreendente. São crescentes os índices de agressão a professores pelo Brasil a fora. O mesmo occore quanto ao volume de estudos a respeito.
As causas para tal fenômeno são muitas e têm relação com a corrosão do caráter e dos valores na sociedade flexibilizada em que vivemos. Não vou porém discutí-las. Interessa-me agora tão somente chamar a atenção para a importância de uma figura importante na estrutura escolar, que os governantes sequer levam em consideração. Na cidade do Rio de Janeiro não se faz concurso para esta importante função há mais de 35 anos. Trata-se do inspetor de alunos, tido ainda como indispensável nas instituições particulares.
E por que atribuir tanta importância a ele?
No cotidiano escolar são eles que cuidam diretamente da disciplina nos espaços externos à sala de aula (pátios, quadras etc). Também eles impedem que os conflitos ocorram com violência nas salas de aula, sempre que são solicitados. Além disto são importantes sujeitos em todo processo pedagógico. Regra geral, são eles e os Professores de Educação Física aqueles que mais conhecem os alunos em espaços abertos onde a adrenalina está à flor da pele.
Eles são, portanto, sujeitos que atuam intermediariamente entre os professores e alunos impedindo que os conflitos ultrapassem as formas civilizadas de sociabilidade. Sem eles os professores e diretores são forçados intervir e a se exporem mais ainda às agressões físicas.
A orientação do Delegado de Ceilândia é que, sempre que um professor ou funcionário veja alguém suspeito na escola, ligue imediatamente para a polícia. O delegado erra em sua orientação ao igualar a escola aos botequins. Ex-alunos não são elementos suspeitos. Além disso têm motivos para voltar à escola, como por exemplo para solicitar algum documento, declaração etc. A orientação apenas serve para qualquer outro estabelecimento que não tenha funções educativas.
A sociedade não pode endossar tal orientação. Cabe-lhe, isto sim, com urgência e intensidade exigir das autoridades educacionais a presença já de inspetores de alunos nas escolas, e que não sejam terceirizados. Precisam ser estatutários (funcionários públicos) para que a sociedade tenha controle das suas ações disciplinares e educativas.
Os professores pedem socorro.
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Um comentário:
Como vai ???
Nem acredito que te achei ???
Sabe quem é ???
Solange (Vestibular) São Cristóvão....
E aí ??
Vi vc no Jornal Extra... E lembrei... das nossas andanças...
Saudades de vc..
E Silvia (sua irmã) como vai ???
Gostava muito dela...
Muitos bjs..
Vê se entra em contato..
bjs
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