O bolsonarismo que nega a ciência, acredita na terra plana, é autoritário e sequer sabe a diferença entre democracia e ditadura é um produto da educação brasileira. Não há como negar. O fato de a nossa educação, a começar pela LDB, somente se preocupar com a formação de uma força de trabalho massiva leva o Estado a se despreocupar com os espetáculos diários de "assassinato" da língua, dos raciocínios rasteiros, da incapacidade de distinguir o regime democrático do regime ditatorial que o país viveu entre 1964 4 1985. Postagens nas redes sociais expressam a indigência nacional quando se trata de argumentar sobre qualquer coisa. Às vezes fico imaginando as sátiras da nossa educação feitas por um escritor bem-humorado como Rabelais. As aventuras de Gargantua e Pantagruel no sistema educacional brasileiro.
Desde os anos 1980 os cientistas de educação vem denunciando a falência da educação nacional e até hoje pouco se fez, sequer foi erradicado o analfabetismo. Lá nos anos 1980, quando se comprovou que foi uma década perdida, o Estado e a Sociedade deveriam ter agido com eficiência. Sequer foi discutido e avaliado o avanço voraz da iniciativa privada sobretudo no ensino superior. Passados mais de quarenta anos as mazelas do ensino médio praticamente são as mesmas. A proliferação de faculdades virou uma epidemia que verte milhares de profissionais de baixa qualidade em todos os campos da sociedade. Até a formação militar perdeu a sua qualidade, prova disto é batalhão de oficiais que tramam contra o próprio país.
Algo precisa ser feito já se repudiamos as ações de parlamentares, pastores neopentecostais, militares e empresários que mal sabem ler e escrever.
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